terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Poema

Na lentidão das águas
numa missão de doar
leva nos corais dos sonhos
o Amial pelos carris
unilateral e feliz

Tantos corpos, elementos
flutuam e se afundam
num baptismo prepétuo
sem religião, fecundo.
Que sorrisos transportam
as correntes libertas?
E que lágrimas olharam
brotadas das mágoas
a superfície das águas?

As presente entregaste
sonhos e paz desde a aurora
herança que ao futuro
os seus desejos implora

Fizeram uma ponte
como sinal de união
porque a Natureza une fluída
o que o Homem destrói pela mão

Nas muralhas de um sono
dorme na sua história
a memória rendida
de povos de outrora,
os que viram beijar
com perdão líquido e unguento
as faces da ira
no coração do tormento

Oh! rio que transportas
nos veios da tua ária
as leis do coração.
Tantos segredos guardados
da surdez voluntária
da vileza do vilão

Sem maestro, sem mestre, sem fio
ouçamos essa voz do rio


(Dedicado aos ex - alunos da EB1 de Cernadelo da autora)

Aldina (violino)

Nenhum comentário: