sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

A Coesão Grupal nas Organizações


Desde o nascimento, as pessoas aprendem a viver numa sociedade que convive em grupos, tanto na família e amigos quanto no trabalho. Conforme algumas teorias, as pessoas reúnem-se em grupos na procura de meios necessários à satisfação e realização pessoal, além de evitar o sentimento de solidão. Dessa forma, as pessoas buscam reduzir a insegurança de “estarem sozinhas” tentando combinar valores, atitudes, regras e comportamento para satisfazerem seus desejos e alcançarem o seu reconhecimento perante o grupo. Só que os grupos tornam-se mais complexos assim que se expandem da família e dos amigos e chegam até o trabalho. No ambiente familiar e de amigos, os laços de parentesco e afinidade são a regra geral de formação dos grupos. Quando partem para o recinto das empresas, os grupos se ampliam e se subdividem de acordo com as condições impostas.No ambiente de trabalho, os grupos podem ser de natureza formal e informal. Os grupos formais são definidos pela estrutura da organização, com atribuição de tarefas especificas a cada membro. Já os grupos informais são alianças pessoais que não são estruturadas pela organização, ou seja, formam-se por interesses comuns ou afinidade. Nesses dois aspectos, a coesão é um fator importante a ser considerado pelas empresas, pois influencia no relacionamento interpessoal e na produtividade dos colaboradores.Um elevado nível de coesão grupal pode propiciar um ambiente organizacional com mais sinergia e menos conflito. Mas, de acordo com alguns especialistas da área de gestão de pessoas, quanto mais coeso for um grupo mais semelhante será a produção dos seus participantes individualmente. Esses especialistas também afirmam que grupos muito coesos podem ser vítimas do “pensamento grupal”, ou seja, os membros preocupam-se em obter uma concordância geral, que as normas para o consenso passam por cima da avaliação realista das alternativas, e isso pode acarretar uma deterioração da eficiência mental do indivíduo, do seu senso de realidade e de julgamento moral como resultado da pressão do grupo. Em síntese, uma elevada coesão grupal permite a divisão de conhecimentos e habilidades entre os integrantes e proporciona um ambiente mais dinâmico e harmônico. No entanto, as empresas precisam analisar o nível de coesão existente entre os colaboradores, de forma que essa não influencie para uma queda de rendimento e de criatividade individual. Para isso, o desenvolvimento de técnicas para monitorar o tamanho de um grupo, encorajar as pessoas a assumirem posicionamentos distintos e estimular a discussão activa a respeito de uma decisão são algumas ações que, se tomadas pelos gestores adequadamente, minimizam o pensamento grupal e auxiliam no alinhamento dos interesses do grupo às estratégias da organização.
RODRIGO RORATTO*

2 comentários:

Anônimo disse...

Achei importante colocar este artigo no nosso blog, para reflectirmos sobre a importância da coesão numa Comunidade. Para ser mais específica, com isto quero dizer que a luta comum por objectivos concretos, transversais aos elementos de um grupo é de facto relevante para um bom funcionamento da instituição. Na minha opinião, o nosso Conservatório não está a atravessar uma fase muito favorável no que diz respeito a esta coesão de que falamos, ou seja, não me parece estarmos todos a "remar" no mesmo sentido. Este artigo é no entanto uma chamada de atenção para esta falta de união evidente, que pode ser ultrapassada basta tomarmos consciência da importância de um ambiente coeso. Estamos todos de acordo no que diz respeito a proporcionar o melhor ensino, um leque variado de oportunidades aos nossos alunos e um melhor relacionamento interpessoal dentro do nosso Conservatório.
Se, os nossos propósitos são os mesmos, porque não agirmos em conformidade com os contributos que cada um de nós pode proporcionar à nossa comunidade escolar, possibilitando assim constituir uma colectividade vista como um todo?

Anônimo disse...

O problema passa, na minha opinião, pela diversidade de objectivos que se observa nesta comunidade. Se os objectivos foseem, de facto, comuns a todas as colectividades, não seria difícil sentir e manifestar uma clara união. A dificuldade está em manifestar tal união quando as opiniões diferem,quando professores e alunos não pensam da mesma forma.
Penso que o melhoramento da coesão grupal dentro do nosso Conservatório, passa também por uma mudança de mentalidade e (porque não?) de atitude perante as acções que não estão d acordo com o que pensamos, mas que poderão contribuir para um bem maior, sendo portanto necessário um bom ambiente, propícipio a diálogos francos e abertos.

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